quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sonhos

"O mundo que você procura nasce do pensamento daquele que o faz existir."

Ao bater a porta
estive a vagar em um mundo só meu

Mudar algo em mim

talvez transparecendo
o que não devia ser visto.

Como o que você não exitou,
antes de adormecer

Ouça teu coração contra o peito

Pois viva na obra de um sonhador 
a dois caminhos ela laçou

E do meu sonho ao teu algo eternizou

domingo, 14 de outubro de 2012

Curiosidades > Tegumento, Pele, Cabelo e Unha


O tegumento é parte exterior do corpo de um animal, podendo ser constituído de pele, penas etc. Este termo também se aplica à parte externa das sementes. 


A pele (cútis ou tez), em anatomia, é o órgão integrante do sistema tegumentar (junto ao cabelo e pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas), que tem por principais funções a proteção dos tecidos subjacentes, regulação da temperatura somática, reserva de nutrientes e ainda conter terminações nervosas sensitivas.


A pele é o revestimento externo do corpo, considerado o maior órgão do corpo humano e o mais pesado. Compõe-se da pele propriamente dita e da tela subcutânea O nome anatômico internacional é cútis. A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo 15% do peso corporal, cobrindo quase todo o corpo à exceção dos orifícios genitais e alimentares, olhos e superfícies mucosas genitais.



A pele apresenta duas camadas: a epiderme e a derme. A hipoderme, ou tela subcutânea, é uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que fica logo abaixo da derme. Há ainda vários órgãos anexos, como folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas; ou penas, escamas e cascos.



A pele é praticamente idêntica em todos os grupos étnicos humanos. Nos indivíduos de pele escura, os melanócitos produzem mais melanina que naqueles de pele clara, porém o seu número é semelhante.



A pele é responsável pela termorregulação, pela defesa, pela percepção e pela proteção.Ela nos protege das doenças, porém não é 100% eficaz, podendo deixar entrar larvas de esquistossomos e do ancilóstomo.



A epiderme é uma camada com profundidade diferente conforme a região do corpo. Zonas sujeitas a maior atrito como palmas das mãos e pés têm uma camada mais grossa (conhecida como pele glabra por não possuírem pelos), e variam de 0,04mm até 1,6mm de espessura.


A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (células escamosas em várias camadas). A célula principal é o queratinócito (ou ceratinócito), que produz a queratina. A queratina é uma proteína resistente e impermeável responsável pela proteção. Existem também ninhos de melanócitos (produtores de melanina, um pigmento castanho que absorve os raios UV); e células imunitárias, principalmente células de Langerhans, gigantes e com prolongamentos membranares.

A epiderme não possui vasos sanguíneos, porque se nela houvesse vasos ficaria mais sujeita a ser "penetrada" por microrganismos. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.


A epiderme apresenta várias camadas. A origem da multiplicação celular é a camada basal. Todas as outras são constituídas de células cada vez mais diferenciadas que, com o crescimento basal, vão ficando cada vez mais periféricas, acabando por descamar e cair (uma origem importante do póque se acumula nos locais onde vivem pessoas ou outros seres vivos).


 Camada basal, é o mais profundo, em contato com derme, constituído por células cúbicas pouco diferenciadas que se dividem continuamente, dando origem a todas as outras camadas. Contém muito pouca queratina. Algumas destas células diferenciam-se e passam para as camadas mais superficiais, enquanto outras permanecem na camada basal e continuam a se dividir. - Camada espinhosa: células cúbicas ou achatadas com mais queratina que as basais. Começam a formar junções celulares umas com as outras, como desmossomas e tight junctions (daí o aspecto de espinhos). - Camada granulosa: células achatadas, com grânulos de queratina proeminentes e outros como substância extracelular e outras proteínas (colagênios). - Camada lúcida: células achatadas hialinas eosinófilas devido a grânulos muito numerosos proteicos. Estas células libertam enzimas que as digerem. A maior parte já está morta (sem núcleo). Estão presentes na pele sem folículos pilosos (pele glabra). - Camada córnea: constituído de células achatadas eosinófilas sem núcleo (mortas) com grande quantidade de filamentos, principalmente queratinas.


A junção entre a epiderme e a derme tem forma de papilas, que dão maior superfície de contacto com a derme e maior resistência ao atrito da pele.



Folículo piloso: produz uma estrutura maciça queratinizada, o pelo, que é produzido por células especializadas na sua raiz, constituindo o bulbo piloso. Tem músculo liso erector e terminações nervosas sensitivas associadas. Os folículos pilosos dos bigodes de alguns animais como o gato são altamente especializados como órgãos dos sentidos.



A derme é um tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. É constituído por elementos fibrilares, como o colágeno e a elastina e outros elementos da matriz extracelular, como proteínas estruturais, glicosaminoglicanos, íons e água de solvatação. Os fibroblastos são as células envolvidas com a produção dos componentes da matriz extracelular.



A derme é subdividida em duas camadas: a camada papilar em contato com a epiderme, formada por tecido conjuntivo frouxo, e a camada reticular, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, onde predominam as fibras colagenosas. É na derme que se localizam os vasos sanguíneos que nutrem a epiderme, vasos linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles associados. Estes incluem vários tipos de sensores:

Corpúsculo de Vater-Pacini, sensíveis à pressão.

Corpúsculo de Meissner com função de detecção de pressões de frequência diferente.

Corpúsculo de Krause, sensíveis ao frio (pele glabra).

Órgão de Ruffini, sensíveis ao calor.

Célula de Merckel, sensíveis a tacto e pressão.

Folículo piloso, com terminações nervosas associadas.

Terminação nervosa livre, com dendritos livres sensíveis à dor e temperatura.



A hipoderme, já não faz parte da pele. É constituída por tecido adiposo que protege contra o frio.



É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia muscular e a camada de tecido adiposo é variável à pessoa e localização.

Funções: reservatório energético; isolante térmico; modela superfície corporal; absorção de choque e fixação dos órgãos.Camadas

Camadas

Areolar: superficial; adipócitos globulares e volumosos e numerosos e delicados vasos.

Lâmina fibrosa: separa a camada areolar da lamelar.

Lamelar: mais profunda; aumento da espessura com ganho de peso (hiperplasia).


Tipos de Pele

Pele eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificante e umedecida. É aquela onde ocorre um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo graxo.

Pele graxa: emulsão tipo A/O. Aumento de secreção sebácea.

Pele alípica: secreção sebácea insuficiente e secreção hídrica normal.

Pele desidratada: caracterizada pela diminuição hídrica normal e secreção sebácea normal.

Pele hidratada: aumento de teor hídrico. Hiperidrose.

Pele mista: ocorrência de pele graxa na zona central do rosto e pele alípica nas bochechas.



A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias, é o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tato e metabólicas, como a produção da vitamina D.


A epiderme secreta proteínas e lípidos (a principal, é a queratina) que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Contra esta também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tracção e elasticidade, como os colagênios e a elastina. 


A melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele.

Uma das funções vitais da pele é a proteção contra a desidratação. 


Os seres humanos são animais terrestres, e necessitam proteger os seus corpos, compostos principalmente por água, contra a evaporação excessiva e desidratação e o subsequente choque hipovolêmico e morte, que seriam inevitáveis num meio seco e quente. 

É comum vítimas de queimaduras graves entrarem em choque hipovolêmico (sangue com pouco volume devido à perda de água) se perderem superfície cutânea extensamente. A pele protege da desidratação por dois mecanismos. 

As junções celulares como tight junctions e desmossomas dão coesão às células da epiderme e a sua superfície contínua de membrana lipídica impede a saída de água (que não se mistura com lípidos).


A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos:


Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.

Os folículos pilosos têm músculos que produzem a sua ereção com o frio ("pele de galinha"), aprisionando bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor - um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais peludos.

As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo. A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor.

A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela alberga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antigênio (histiócitos ou células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as presentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reações alérgicas e luta contra parasitas.


As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, numa reação dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para o metabolismo do cálcio e portanto na formação/manutenção saudável dos ossos.


Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tato. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão importante na função sexual.


A pele normal produz cerca de 1250 células por dia para cada centímetro quadrado e essas células são provenientes de 27000 células; a pele do doente de psoríase produz 35000 novas células a cada dia para cada centímetro quadrado e essas células provêm de 52000 células. A duração normal do ciclo celular da pele é de 311 horas, mas se reduz para 36 na pele psoriática.


Quando há envelhecimento do indivíduo, são formados dois tipos de rugosidades na pele:

Rugas de expressão

Rugas de envelhecimento



Os sulcos de expressão surgem em conseqüência da repetição constante de determinados movimentos faciais (como frangir a testa), ao passo que as de idade se originam por conta do afrouxamento da musculatura e da própria pele com influência da gravidade.

A Medicina estética cuida dos efeitos das rugas nas pessoas, quer através de cirurgias plásticas, quer através de tratamentos, como a aplicação da toxina botulínica, hidratantes, etc. A pele é constituída por duas camadas germinativas diferentes: a ectoderme e a mesoderme. A epiderme tem origem na ectoderme, enquanto a derme e o tecido adiposo subcutâneo têm origem mesodérmica.


O cabelo (do latim capĭllus) é cada um dos pelos que crescem no couro cabeludo (parte superior da cabeça do corpo humano).



Há em média 3 milhões e meio de fios capilares em uma pessoa adulta e crescem em média 1 cm por mês. Diferenciam-se dos pelos comuns pela sua elevadíssima concentração por área de pele e pelo desenvolvimento em comprimento. Podem ser lisos, crespos, ondulados e de muitas cores. Os cabelos não servem só como um aliado estético (dando forma e valorizando o rosto) mas também funcionam como um isolante térmico, protegendo a cabeça das radiações solares e da abrasão mecânica. Também podem ser um indicativo de diversas doenças que se manifestam alterando sua estrutura.



Acima de tudo, o fio de cabelo é um pelo. Possui a mesma estrutura de todos os pelos do corpo humano, porém tem suas particularidades.


O cabelo é um fio queratinizado que cresce na pele dos mamíferos.

A haste do cabelo é a parte do fio que emerge do couro cabeludo. Podemos dividir o cabelo em três partes: cutícula, córtex e medula.

Cutícula

Camada externa do fio de cabelo que se divide de 0 a 12 camadas que, sobrepostas, protegem as estruturas. Por serem transparentes nos permite ver a cor do fio do cabelo. A cutícula sofre agressões externas (sol, chuva, poluição etc.) por ação mecânica (escovar, pentear etc.) e transformações químicas (relaxamento, permanente, colorações, reflexos etc.) As cutículas são parcialmente sobrepostas sobre si, podendo formar de cinco a dez camadas de placas. Essas placas, por sua vez, oferecem excelente proteção ao córtex.

Córtex



Região intermediária onde transformamos, de todas as formas, a estrutura do cabelo. Nesta região encontramos as seguintes ligações químicas:

ligação salina: no simples ato de molhar o cabelo a sua extensão é aumentada.

ligação de hidrogênio: a deformação acontece quando transformamos temporariamente o cabelo.

ligação de enxofre (também conhecido como Ponte de Dissulfeto): só é rompida através de ação química (como amônia) ou física (aquecimento) e sua transformação é permanente.

Representa o coração do fio capilar. O grau de resistência, elasticidade e a cor do pelo dependem de sua estrutura. O diâmetro do córtex é determinado em função do número de células presentes no bulbo que podem se multiplicar. A fibra do pelo possui de 2 a 3 tipos de células do córtex. Esses tipos de células são:

ORTHO CÓRTEX: tem baixa quantidade da substância enxofre(menos que 3%).
PARA CÓRTEX: tem uma alta quantidade da substância enxofre(cerca de 5%).
MESO CÓRTEX: possui grande quantidade do aminoácido cistina.

Medula



É a parte central do fio. Há fios de cabelos que não possuem medula, não modificando em nada sua estrutura. O canal da medula pode estar vazio ou preenchido com queratina esponjosa. Ainda não foi determinada a função desta região. Contudo estudos recentes apontam as pesquisas para uma associação da medula com o primeiro instante da fase de germinação do fio onde a medula serviria como um "direcionador" do novo fio em direção ao poro.


O pH do cabelo

O termo pH é usado para determinar o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância líquida. A camada hidro-lipídica que protege o cabelo, a pele e a unha têm pH ácido, um valor compreendido entre 4,2 e 5,8 na escala de pH. Dessa forma, todos os produtos que entram em contato com o corpo humano devem ser neutros (pH igual ao do cabelo, pele e unha) ou levemente ácidos. Se lavarmos o cabelo com xampu alcalino, por exemplo, suas cutículas abrem, ele fica sem brilho, difícil de pentear e embaraçado.



Cacheados



Os cabelos cacheados tendem a ser mais secos devido seu formato em espiral que dificulta sua hidratação, e por isso necessitam de muita atenção. Como geralmente são cheios precisam de hidratação constate para que fiquem mais brilhantes, sedosos e não muito volumosos. Recomenda-se evitar penteá-los a seco, procurando penteá-los quando ainda estiverem úmidos, para manter sua estrutura intacta, desembaraçando-os cuidadosamente, iniciando sempre das pontas até a raiz.

Secos

Cabelo seco é a denominação cosmética para cabelos não sedosos, devido à pouca produção de gordura pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo, não sendo suficiente para lubrificar o cabelo até as pontas, causando pouca hidratação. Consequentemente, o cabelo tem pouco brilho e é quebradiço.



O cabelo tanto pode ser seco por uma característica natural, como pode ser uma condição adquirida devido à exposição à poluição, ao uso inadequado de produtos capilares, dentre outras causas. Uma característica do cabelo seco é o fato das escamas que compõem a camada externa dos fios abrirem-se com o cabelo mais vulnerável aos agentes externos, como poluição, vento, sol e processos químicos, como as tinturas e os permanentes.



O cabelo seco tem pouca irrigação nas pontas, porém recebe irrigação concentrada na raiz, o que reduz a perda de cabelo.

Normais

O cabelo normal é uma característica natural, porém pessoas que têm cabelos secos ou oleosos podem equilibrar os níveis de gordura do couro cabeludo e atingir um equilíbrio equivalente ao do cabelo normal.Cabelo normal é uma expressão utilizada no meio cosmético para os tipos de cabelos mais comuns. São macios, com produção de gordura pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo equilibrada e regular, de modo a lubrificar o cabelo da raiz às pontas. Não têm excesso de oleosidade na raiz nem pontas ressecadas. Dispensam grandes cuidados para exibir um aspecto brilhante e saudável.

Oleosos

Cabelo oleoso é a denominação cosmética para cabelos com alto teor de oleosidade, devido à produção excessiva de gordura pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo.



Ficam com aspecto sujo muito rapidamente. Passar a mão nos cabelos e utilizar água muito quente durante a lavagem potencializa a oleosidade.



O cabelo tanto pode ser oleoso por uma característica natural, como pode ser uma condição adquirida devido à pouca regularidade na higiene, ao uso inadequado de produtos capilares, exposição a ambientes muito úmidos ou com alto teor de vapores de gordura, dentre outras causas. O cabelo oleoso tende a ter a irrigação distribuída ao longo dos fios, diminuindo a irrigação na raiz, o que aumenta a perda de cabelo (calvície).

Mistos

Possuem características de cabelos oleosos e secos, ou seja, o couro cabeludo é oleoso e as pontas são ressecadas e às vezes duplas. É o tipo de cabelo mais comum e também o mais difícil de tratar.



Cor



Com diferentes níveis do pigmento melanina, os cabelos naturais são basicamente das seguintes cores: loiros, ruivos, castanhos e pretos. Entretanto, podem ser tingidos e adquirirem praticamente todos os tipos de cores. A falta de melanina nos cabelos humanos provoca uma cor esbranquiçada nos cabelos, podendo ser processo decorrente do envelhecimento ou fator genético, como o albinismo.

Tricorrehexis Nodosa



Todo o comprimento da haste do cabelo (sobretudo na proximidade das pontas), encontramos a presença de verdadeiros nódulos, oriundos de uma alteração tanto longitudinal como transversal da secção curtical.


Cabelos saudáveis e cabelos danificados

Cabelos saudáveis: cada fio de cabelo é coberto por uma camada de escamas bem fechadas, chamadas cutículas, que protegem o interior do cabelo. Nos cabelos saudáveis, essa cutícula tem um padrão regular, o que mantém as moléculas de água e de proteína seladas dentro do cabelo, mantendo-o maleável, com brilho, forte e macio.

Cabelos danificados: apresentam um desgaste provocado por produtos químicos (permanentes, produtos inadequados, tinturas, descoloração,alisamentos, etc.), além dos danos físicos (exposição excessiva aos raios UV, uso de secadores, escovação brusca). Em ambos os casos, ocorrem anomalias na disposição das cutículas e, consequentemente, na estrutura dos fios e do couro cabeludo. Nos cabelos danificados, as escamas estão abertas, o que provoca perda de brilho, umidade e resistência. É por isso que eles necessitam de um tratamento profundo e intensivo.
Pontas duplas

As pontas duplas aparecem quando a estrutura dos fios está fragilizada. Isso ocorre por diversos fatores, como processos químicos, cloro, água do mar, o desgaste natural dos fios, a poluição, o ar seco, o sol, o vento e o uso de secador e chapinha. Para eliminar as pontas duplas é preciso cortar, de preferência a cada dois meses, aproximadamente, dois centímetros dos cabelos.


A unha é uma estrutura composta por queratina presente na ponta dos dedos da maioria dos vertebrados terrestres. É produzida por glândulas em sua base que secretam grossas camadas de queratina, que se mantêm aderidas à pele até a sua extremidade.

As unhas assumem formas e funções diferentes nas várias espécies animais. Na forma de garras, servem para cavar ou agarrar um substrato ou um alimento. Na forma de cascos, atuam absorvendo o impacto dos membros durante corridas ou para absorver o peso do animal. Nos humanos e em muitos primatas, as unhas são reduzidas, arredondadas e quadradas, o que favorece a precisão na manipulação de objetos com a ponta dos dedos, além de facilitar a ação de segurar galhos ou objetos com as mãos e pés.

As unhas são feitas de uma proteína rígida chamada queratina e são uma forma modificada dos cabelos, são compostas por:
A margem livre é a parte da unha que se estende além do dedo. Não há terminações nervosas nessa região, logo não sentimos dor ao cortá-la.

A matriz ungueal ou raiz da unha - é a porção proximal da unha que cresce. Está embaixo da pele.

eponíquio ou cutícula que é uma dobra de pele na porção proximal da unha.

paroníquia que é a dobra de pele nos lados da unha.

hiponíquio que é um fixação entre a pele do dedo e a porção distal da unha.

lâmina ungueal que é a parte que nós pensamos quando dizemos unha, a porção rígida e translúcida, composta de queratina.


leito ungueal que é o tecido conjuntivo aderente que está fortemente aderido à lâmina ungueal. Possui uma grande quantidade de terminações nervosas.

lúnula que é a parte branca convexa do leito da unha.

Prega ungueal uma prega da pele dura sobreposta como de base de uma unha.


A unha dividida em 3 partes:
Corpo- Lâmina ungueal é parte visível que se estende desde a raiz até ao bordo livre.
Raiz- inserida na pele, sempre com tecido fixado em crescimento que é chamado de MATRIZ.
Bordo livre- Secção final da placa até a ponta dos dedos.

A unha constituída 3 camadas:
Camada superficial- formada pela desvitalização das células ( células perdem seu núcleo e acumulam queratina) que promovem da matriz
Camada intermédia- é mais grossa e tem a mesma origem que a superficial, mas com mais células vivas muito unidas entre si e com menor densidade fibra queratinizadas
Camada profunda- são apenas 2 camadas de células que provém do leito epidérmico

Existem várias doenças que podem acometer as unhas, como por exemplo:

Traumatismo na base das unhas, são quando pontos esbranquiçados aparecem na ponta e são bem comuns.

Unhas encravadas, são também relativamente comuns, as causas normalmente são por causa dos sapatos apertados, traumatismos e dedos grandes (hálux) do pé. São muito dolorosas, e é recomendável a procura de um dermatologista ou podólogo para evitar infecções.

Hemorragias subungueais, são rupturas dos vasos sanguíneos nas unhas que podem causar linhas verticais ou manchas arroxeadas.

Infecções por fungos(micoses) ou por bactérias, as causadas por fungos causam deformidades nas unhas, já a por bactérias causa vermelhidão e inchaço em volta delas.

Para evitar essas doenças mantenha as unhas sempre limpas e secas para evitar procriação de bactérias e fungos. Não roa as unhas pois isso as umedece e favorece infecções, além do crescimento irregular delas. Não use objetos, como alicates, que não estejam esterilizados.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Lana Del Rey > 1

P!nk > 2

Justin Bieber Feat Nicki Minaj > 3

Esquecer

"Sentimentos não precisam de resposta, apenas ações."

Estive em sua casa 
li nos teus olhos
a surpresa de algo que não deseja mais ver

Você esqueceu o que tínhamos
O que fizemos

Nosso calor

Parti para nunca mais
pois na próxima não seremos os mesmos

A resposta para a minha aflição
está no que perdemos

Correr contra o tempo
em uma chama eterna

Curiosidades > Sistema Imunológico


O sistema imunológico, também conhecido por sistema imunitário ou sistema imune, compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores externos, quer sejam esses biológicos a exemplo bactérias, vírus, protozoários, fungos, quer sejam esses elementos químicos, a citarem-se as peçonhas, os venenos, e similares.

Existem dois tipos de mecanismos de defesa: os inatos ou não específicos, como a proteção da pele, a acidez gástrica, as células fagocitárias ou a secreção de lágrimas; e o sistema imunitário adaptativo, que compreende a ação seletiva dos linfócitos e a produção de anticorpos específicos.

O sistema inato é composto por mecanismos de defesa não-específicos, que constituem uma resposta indiferenciada ao agente invasor. Constituem as estratégias de defesa mais antigas, sendo algumas destas formas encontradas nos seres multicelulares mais primitivos, nas plantas e fungos.

A pele é a principal barreira. A sua superfície lipofílica é construída por células mortas ricas em queratina, uma proteína fibrilar, que impede a entrada de microrganismos As secreções ligeiramente ácidas e lipídicas das glândulas sebácea e sudorípara criam um microambiente cutâneo hostil ao crescimento excessivo de bactérias.
O ácido gástrico é uma poderosa defesa contra a invasão por bactérias do intestino. Poucas espécies são capazes de resistir ao baixo pH e enzimas destruidoras que existem no estômago.
A saliva e as lágrimas contêm enzimas bactericidas, como a lisozima, que destroem a parede celular das bactérias.

No intestino, as numerosas bactérias da microbiota normal competem com potenciais patógenos por nutrientes e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se multiplicarem em número suficiente para causar uma doença. É por isso que o consumo demasiado de antibióticos orais pode levar à depleção da microbiota benigna normal do intestino e, com cessação do tratamento, espécies perigosas podem multiplicar-se sem competição, causando, posteriormente, diversas doenças.
O muco é outra defesa, revestindo as mucosas. Ele sequestra e inibe a mobilidade dos corpos invasores, sendo a sua composição hostil para muitos microrganismos. Além disso, contém anticorpos do tipo IgA.

Os fagócitos são células, (neutrófilos e macrófagos), que têm a capacidade de estender porções celulares (pseudópodes) de forma direcionada, englobando uma partícula ou microrganismo estranho. Este microrganismo é contido num vacúolo, o fagossoma, que depois é fundido com lisossomas, vacúolos ricos em enzimas e ácidos, que digerem a partícula ou organismo. Os fagócitos reagem a citocinas produzidas pelos linfócitos cd4, mas também fagocitam, ainda que menos eficazmente, de forma autônoma sem qualquer estimulação. Naturalmente esta forma de defesa é importante contra infecções bacterianas já que vírus são pequenos demais e a maioria dos parasitas são grandes para serem fagocitados. A fagocitose também é importante na limpeza dos detritos celulares após infecção ou outro processo que leve a morte celular nos tecidos. No entanto os fagócitos morrem após algumas fagocitoses, e se o número de invasores e de detritos for grande, poderão ambos, fagócitos e bactérias, ficar presos num liquido pastoso e rico em proteínas estruturais, que se denomina pus (exudato).

Estas células produzem também radicais livres, formas altamente reativas de oxigênio que danificam as bactérias e outros invasores além dos tecidos a sua volta.

Algumas bactérias como o Mycobacterium tuberculosis, agente da tuberculose, têm mecanismos de defesa contra a digestão após fagocitose, e sobrevivem dentro do fagócito parasitando-o e escondendo-se aí dos linfócitos.

Fagócitos e células relacionadas:
Neutrófilos: são granulócitos, fagocíticos móveis, os mais abundantes e são sempre os primeiros a chegar ao local da invasão e sua morte no local da infecção forma o pus. Eles ingerem, matam e digerem patógenos microbianos. São derivados dos mastócitos e basófilos.

Macrófago: célula gigante, sendo forma madura do monócito, tem capacidade de fagocitar e destruir microrganismos intracelulares. A sua diferenciação é estimulada por citocinas. É mais eficaz na destruição dos microrganismos , tem vida longa ao contrário do neutrófilo. São móveis e altamene aderentes quando em atividade fagocítica. Macrófagos especializados incluem: células de Kupffer (figado), células de Langerhans (pele) e células da Glia (Sistema Nervoso Central).

Basófilo e Mastócito: são granulócitos polimorfonucleados que produzem citocinas em defesa contra parasitas, também são responsáveis pela inflamação alérgica mediadas por IgE.

Eosinófilo: São granulócitos polimorfonucleados que participam na defesa contra parasitas também participando de reações de hipersensibilidade via mecanismo de citotoxidade. Envolvido em manifestações de alergia e asma, via especifidade por antígeno IgE.

Os neutrófilos, eosinófilos e basófilos também são conhecidos como polimorfonucleados (devido aos seus núcleos lobulados) ou granulócitos.

O sistema complemento é um grupo de proteínas produzidas pelo fígado, presentes no sangue. Elas reconhecem e ligam-se a algumas moléculas presentes em bactérias(via alternativa), ou são ativados por anticorpos ligados a bactérias (via clássica). Então inserem-se na membrana celular do invasor e criam um poro (chamado de MAC, ou Complexo de Ataque a Membrana), pelo qual entra água excessiva, levando à lise (rebentamento osmótico da célula).

Outras proteínas não especificas incluem a proteína c-reativa, que também é produzida no fígado e se liga a algumas moléculas comuns nas bactérias mas inexistentes nas pessoas, ativando o complemento e a fagocitose.

A resposta inflamatória é fundamentalmente uma reação inespecífica, apesar de ser na prática controlada pelos mecanismos específicos (pelos linfócitos). Caracteriza-se por cinco sintomas e sinais, definidos na antiguidade greco-romana: calor, rubor, tumor (edema), dor e em último caso (crônicos) perda da função.

A inflamação é desencadeada por fatores libertados pelas células danificadas, mesmo se por danos mecânicos. Esses mediadores (bradicinina, histamina) sensibilizam os receptores da dor, e produzem vasodilatação local (rubor e tumor), mas também atraem os fagócitos, principalmente neutrófilos (quimiotaxia). Os neutrófilos que chegam primeiro fagocitam invasores presentes e produzem mais mediadores que chamam linfócitos e mais fagócitos. Entre as citocinas produzidas, as principais são InterLeucina 1 (IL-1) e TNF (Fator de necrose Tumoral)

Todo o sistema específico se concentra na capacidade das células imunitárias distinguirem proteínas produzidas pelas células do próprio corpo (antigénio "self" - ou seja do próprio organismo), e proteínas produzidas por invasores ou pelas células humanas sob o controlo de vírus (antigénio "non-self" - ou seja, que não é reconhecido como sendo do próprio organismo). Esta distinção é feita através de receptores, os TCR (T-cell receptors) ou BCR (B cell receptors que são anticorpos presos à membrana). 

Estes receptores, TCR ou BCR, para serem eficazes têm de ser produzidos com milhões de conformações. De outro modo não se ligariam a muitos tipos de proteínas de invasores, e não os reconheceriam. 

Esta diversidade de receptores não caberia no genoma da célula, e milhões de genes, cada um para cada receptor possível, não seria prático. O que acontece é que há algumas famílias de genes, tendo cada uma vários membros ligeiramente diferentes. Através de um processo especial e único nas células humanas, estes genes nos linfócitos recombinam-se, um de cada família, num único gene, de forma totalmente aleatória.

Assim, por exemplo, cada anticorpo ou BCR dos linfócitos B tem seis porções, e é criado de dois genes únicos desse lifócito, gerados pela recombinação (união) de um gene aleatório de cada família. Se houver seis famílias, com 50, 30, 9, 6, 40, 5 membros, o número possível total de anticorpos diferentes é de 50x30x6x9x40x5 = 16 milhões. Além disso há outros processos muito complexos que aumentam a diversidade dos BCR ou TCR ainda mais, por mutação acelerada dos genes em causa. A variabilidade dos anticorpos é na prática ilimitada, e o sistema imunitário cria anticorpos contra qualquer molécula, e mesmo contra moléculas artificiais nunca existentes na natureza.

Muitos dos TCR e BCR assim gerados vão reagir com péptidos próprios. Uma das funções do Timo e Medula óssea é manter os jovens linfócitos sequestrados até que seja possível determinar quais reagem com moléculas do próprio organismo. Essa função é feita por células especializadas desses órgãos que apresentam aos linfócitos jovens moléculas produzidas por elas (e portanto próprias). Todos os linfócitos que reagem a elas são destruídos e apenas aqueles indiferentes a própria (mais possivelmente reativos a não-próprios) são largados na corrente sanguínea. Os linfócitos que não reagem a própria são milhões, cada um com milhões de configurações possíveis de receptores e haverá inclusive vários, cada um com receptor para zonas diferentes de cada proteína microbiana possível. A esmagadora maioria dos linfócitos nunca encontra uma proteína para a qual o seu receptor seja especifico Aqueles poucos que a encontram, são estimulados e multiplicam-se. São geradas células efectoras com o receptor especifico (produtoras de anticorpos ou citotóxicas, ou ainda coordenadoras) e células memória. As células de memória são quiescentes, têm vida longa e são capazes de reconhecer esse antigênio mesmo muito depois, multiplicando-se em maior número e respondendo mais rapidamente a infecções futuras.

O sistema imunitário especifico é controlado e efetuado largamente pelos linfócitos. Há vários tipos de linfócitos.

Os linfócitos B possuem um BCR, que é em tudo semelhante ao anticorpo, mas está preso na membrana. Os linfócitos B concentram-se nos ganglios linfáticos, onde filtram a linfa, à espera de uma molécula que seja não-self e reaja especificamente com o seu receptor aleatório. Para cada molécula possível há vários linfócitos específicos. Logo assim que haja uma ligação específica antigênio-receptor e se o linfócito for estimulado simultaneamente por citocinas produzidas pelos linfócitos T CD4+ (reguladores,ou Helper), eles multiplicam-se e diferenciam-se em plasmócitos e em células-memória. Estas, se a infecção se repetir muitos anos depois, podem iniciar a reposta mais rapidamente. Os plasmócitos produzem então grandes quantidades BCR solúvel e não preso à membrana, ou seja, anticorpos específicos para aquela molécula.

Os anticorpos são assim proteínas receptoras livres no sangue, que são especificas e se ligam à molécula não-self e possivelmente invasora. Os anticorpos podem assim ligar-se a antígenos na superfície de bactérias, vírus ou parasitas. Eles os eliminam de várias formas. Podem neutralizar o invasor diretamente (cobrindo a superfície de um vírus e impedindo-o de se ligar aos seus receptores nas células por exemplo); atrair fagócitos (que reconhecem e são estimulados por eles); ativar o sistema complemento de forma a lisa-los; ou ainda estimular as células citotóxicas (assassinas) para destruírem as células identificadas pelo anticorpo.

Os linfócitos que produzem anticorpos algo eficazes (do tipo IgM) ainda sofrem novo processo de seleção nos foliculos linfóides. Aí, multiplicam-se rodeadas de linfócitos T CD4+ que secretam citocinas, as quais induzem por mecanismos complexos altas taxas de mutação nos seus genes dos anticorpos. Depois destroem os linfócitos B que produzem anticorpos com menor afinidade para o antígenio e estimulam a divisão dos que têm maior afinidade (graças a mutações fortuitas), podendo esta no final ser muitas vezes superior nos sobreviventes.

Há vários tipos de anticorpos: IgM é sempre o primeiro tipo a ser produzido; IgG é o principal grupo de anticorpos sanguíneos e há vários subtipos, aparece mais tarde que IgMs, e têm maior afinidade após hiper-mutação os IgAs são anticorpos secretados para as mucosas, como intestino, genitais e brônquios as IgE têm funções de luta contra parasitoses; os IgD estimula o sistema imunitário.

Apesar de os fagócitos serem um mecanismo inato, já que respondem a qualquer corpo estranho, eles também são efectores de primeira linha das decisões dos linfócitos.

Os fagócitos, especialmente os macrófagos, respondem a citocinas geradas pelos linfócitos (IL-1). Os monócitos são os precursores dos macrófagos e eles transformam-se em macrófagos se estimulados por citocinas dos T4. Além disso são atraídos por outras citocinas e factores libertados de células em locais de infecção ativa.

Se estimulados apropriadamente pelas citocinas libertadas de forma localizada e controlada pelos linfócitos T4, os macrófagos libertam suficientes quantidades de enzimas e radicais livres para destruir totalmente uma região localizada, matando ambos invasores e células humanas.

Além disso, sob controle dos linfócitos, os macrófagos são responsáveis por algumas reações imunológicas especificas como o granuloma e o abcesso. O granuloma ocorre na invasão por micobactérias e fungos, sendo o exemplo mais célebre a tuberculose. É uma reação ordenada por citocinas dos T4, quando há infecção intracelular dos próprios fagócitos De forma a impedir a disseminação pelo sangue do invasor dentro dessas células móveis, os linfócitos T4 secretam citocinas que chamam mais macrófagos, e os tornam mais resistentes à infecção ("alerta de bactéria endocelular"). Além disso as citocinas provocam a adaptação pelos macrofagos de morfologia epitelial em volta do núcleo da invasão, com numerosas camadas de células imobilizadas ligadas por conexões impermeáveis, de forma a sequestrar o invasor. A micobactéria da tuberculose não se pode disseminar e permanece localizada. Hoje mil milhões de pessoas saudáveis têm micobactérias controladas dessa forma nos seus pulmões (visível nas radiografias). Só naqueles poucos que têm um episódio de grande debilidade imunitária é que o organismo escapa e se inicia a tuberculose propriamente dita. O abcesso é semelhante mas em redor de um cisto/quisto de pus. É importante para sequestrar bactérias piogénicas cuja toxicidade mata os fagócitos (formando o pus) e não permite a limpeza eficaz.

Os Linfócitos T4, ou helper, são os controladores de toda a resposta imunitária. São eles que "decidem" que reacções desenvolver a uma invasão, activando ou inibindo todas as outras células imunitárias através de citocinas (espécie de hormonas ou mediadores moleculares). Daí que na doença que ataca os próprios T4, a SIDA/AIDS, todo o sistema imunitário colapse.

Os linfócitos T4 conseguem decidir se há invasão ou não porque cada um deles contêm um receptor gerado aleatoriamente o TCR (T-cell receptor, semelhante aos anticorpos da célula B, mas membranar). Todos os fagócitos e ainda algumas outras células como as células dendriticas ou de Langerhans, depois de digerir as proteínas do invasor, apresentam péptidos (pedaços) delas numa proteína membranar, o MHC II (major histocompatibility complex). Os TCR dos T4 ligam-se a essas MHC2 com péptido e se a ligação for eficaz, libertam citocinas. Nenhum linfócito T4 tem receptores para proteínas do próprio corpo porque esses foram destruídos na sua fase de desenvolvimento no Timo. Se os níveis dessas citocinas forem suficientemente altos, e se outros factores menos bem conhecidos existirem no sangue, o T4 "decide" que há uma invasão e de que tipo é, dando origem a uma resposta imunitária especifica. Ele então produz outras citocinas estimulando todas as outras células para o tipo de resposta apropriado. Tal como todos os outros linfócitos, os T4 estimulados multiplicam-se e alguns servem de células-memória para mais rápida resposta ao mesmo invasor no futuro.

Há basicamente dois tipos de células T4 helper, correspondendo a dois tipos de resposta. Não se sabe exatamente o que desencadeia um tipo ou o outro. A resposta TH1 caracteriza-se por produção de citocinas como IL-2, IFN-gama e TNF-beta. Há ativação dos macrófagos e da fagocitose, e dos mecanismos citotóxicos (linfócitos T), levando a extensa destruição das zonas infectadas. É eficaz na eliminação dos patogênicos intracelulares (vírus e bactérias intracelulares). Na resposta TH2 há secreção de IL-4 e IL-5. Caracteriza-se pelo estimulo da produção de anticorpos pelos linfócitos B. É eficaz contra organismos que circulem no sangue, como bactérias extracelulares e parasitas.

Que resposta, TH1 ou TH2, é produzida, tem importância para a progressão da infecção. Por exemplo na Lepra, uma infecção pela bactéria intracelular Mycobacterium leprae, a resposta TH1 é extremamente eficaz e os danos são mínimos (lepra tuberculoide); mas se for ativada uma resposta TH2, ineficaz contra organismos intracelulares, surge a lepra comum, com danos profundos e desprendimento de pele (lepra lepromatosa).

Há ainda um terceiro tipo de linfócito T regulador, os linfócitos supressores, que limitam e suprimem a reação imunitária, um mecanismo muito importante considerando a destruição extrema que o sistema imunitário pode produzir.

Linfócitos Natural-Killer: os NK são linfócitos granulares que, tal como os T8 são citotóxicos, destroem células humanas tumorais ou infectadas por vírus. Aderem-se a célula-alvo infectada e induzem a sua morte. São importantes na destruição das células humanas com antígenos não-self (por infecção viral ou neoplasia) e que são atacadas por anticorpos específicos Os NK possuem dois ligantes para a célula alvo, um ativador (B7) e um inibidor expresso pelo MHC. Caso o NK se ligue ao ativador e não encontre um MCH expressando um antígeno próprio, ele lisará a célula alvo através de porinas, caso ele encontre o ativador e o inibidor, se desligará da célula alvo sem lhe causar danos.

Complementando o que foi visto acima,os mastócitos são células do tecido conjuntivo, originadas a partir de células mesenquimatosas (células de grande potência de diferenciação que dão origem às células do tecido conjuntivo). Possuem citoplasma rico em grânulos basófilos (coram-se por corantes básicos). Sua principal função é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, heparina, ECF-A (fator quimiotáxico – de atração- dos eosinófilos) e fatores quimiotáxicos (de atração) dos neutrófilos. Elas participam de reações alérgicas (de hipersensibilidade), atraindo os leucócitos até o local e proporcionando uma vasodilatação. A vasodilatação aumenta a temperatura no local inflamado, dificultando a proliferação de microrganismos e estimulando a migração de células de defesa. Algumas das substâncias liberadas no local da inflamação alcançam o centro termorregulador localizado no hipotálamo, originando a febre (elevação da temperatura corporal). Apesar do mal-estar e desconforto, a febre é um importante fator no combate às infecções, pois além de ser desfavorável para a sobrevivência dos microrganismos invasores, também estimula muitos dos mecanismos de defesa de nosso corpo.

As citocinas são hormônios do sistema imunitário que permitem às células comunicar entre si e com outras de outros órgãos. 

São um sistema incrivelmente complexo e inteligente ainda pouco conhecido. Algumas citocinas mais importantes:

IL-1: libertadas aquando de infecções. Produzem nos centros cerebrais regulatórios febre, tremores, calafrios e mal-estar; promovem a inflamação, estimulam os linfócitos T. A sua ação é responsável por estes sintomas comuns na maioria das doenças.

No cérebro há libertação de prostaglandina E2, que estimula o centro da temperatura, aumentando a sua configuração. A aspirina inibe a formação da prostaglandina (bloqueia a enzima que a produz) e é por isso que diminui a febre e mal estar nas afecções virais.

Estimula a multiplicação dos linfócitos T e B. Antes chamada de Fator de proliferação de Linfócitos
IL-3: Estimula o crescimento e a secreção de histamina.
IL-4: Estimula multiplicação dos linfócitos B; produção de anticorpos, resposta do tipo TH2.
IL-5: Estimula multiplicação e diferenciação de linfócitos B; produção de IgA e IgE, alergias.
IL-6: Estimula a secreção de anticorpos.
IL-7: Induz a diferenciação em células B e T progenitoras.
IL-8: Quimiocina;induz a adesão ao endotélio vascular e o extravasamento aos tecidos.
IFN-alfa: Interferon. Ativa as células em estado de "alerta viral". Produção diminuída de proteínas, aumento de enzimas antivirais (como as que digerem a dupla hélice de RNA típica dos vírus) e aumentam também a apresentação de péptidos internos nos MHC I aos linfócitos. Estimula os linfócitos NK e T8.
IFN-gama: Ativa os macrófagos, tornando-os mais eficientes e agressivos; promove a inflamação, e estimula a resposta TH1, inibindo a TH2.
TNF-alfa: Induz a secreção da citocina e é responsável pela perda extensiva de peso associada com inflamação crônica.
TNF-beta: Ativa os fagócitos. Estimula a resposta citotoxica (TH1).

A medula óssea é o local onde se situam as células estaminais, que dão origem a todas as células do sistema imune e ainda das plaquetas e eritrócitos. É ainda o local de maturação de todas estas células, com excepção dos linfócitos T. O timo é o local de maturação dos linfócitos T.

Os gânglios linfáticos são órgãos pequenos com forma de feijão, situados em todo o corpo. Eles contêm linfócitos B e linfócitos T4 e T8, e são os locais de recolha de antigênios (filtração) da linfa. Aí se organizam e controlam as defesas e formam folículos linfoides onde os linfócitos B com receptores específicos para os antígenos se maturam em plasmócitos produtores de anticorpos. Aí também se maturam os linfócitos T8 específicos do antígeno em linfócitos citotóxicos. As células apresentadoras de antigênios como célula de Langerhans e os fagócitos afluem aos gânglios para apresentar antigênios recolhidos (ou fagocitados) da periferia aos linfócitos.

O baço possui 4 funções fisiológicas. Primeira: Armazenamento de Hemácias. Segundo: Destruição das hemácias velhas, alteradas, ou parasitadas. Terceira: Filtrar o sangue e reter microrganismo e outros corpos estranhos a serem fagocitados. Quarta: Colocar linfócitos B e linfócito T em contato com os antígenos.

O fígado é primariamente um órgão metabólico, mas também alberga muitos fagócitos e é ele que produz as proteínas imunitárias como o sistema complemento. Controla as invasões intestinais, já que filtra todo o sangue proveniente do intestino, pela veia porta.

O intestino e os brônquios são importantes órgãos imunitários. Contêm uma camada com folículos linfóides (o MALT -mucosa associated lymphoid tissue ou BALT), plenos de linfocitos, que reagem aos antigênios e outras reacções contra eles. Controlam também a flora normal de bactérias intestinais.

As tonsilas (amigdalas) são aglomerados de tecido linfoide em redor da entrada da faringe, controlando os invasores que entram pela boca. e órgão sistema imunológico humano.

As alergias são reações imunitárias a um antígeno estranho despropositadas. No indivíduo alérgico, o sistema imunitário não consegue distinguir alguns antigenos não-self inócuos, como grãos de pólen, de antígenos pertencentes a invasores perigosos. Logo gera-se uma reação imunitária a estímulos que não poem a integridade do indivíduo em risco.

As doenças autoimunes são devidas à perda da capacidade dos linfócitos em distinguir os antigenios self dos não-self. O sistema ataca as próprias células do corpo, julgando-as invasoras. É possível que muitas destas doenças, sejam devido à má função das células que destroem os linfócitos com receptores reactivos ao self.

Por razões ainda não conhecidas, as mulheres sofrem mais do que os homens com a maioria das doenças autoimunes (como lupus, artrite reumatóide e esclerose múltipla), que são aparentemente mais prováveis em pessoas com determinados genes MHC, que apresentam os péptidos self de forma mais críptica aos linfócitos. Há poucas doenças autoimunes que atingem mais homens que mulheres, como a espondilite anquilosante.

As leucemias (na medula óssea e sangue) e linfomas (nos gânglios linfáticos) são neoplasias (ou seja cancro) das células do sistema imunitário. Elas decorrem muitas vezes com efeitos auto-imunes e de imunodeficiência e são altamente invasivas, já que circulam livremente pelo sangue e linfa.

A rejeição de transplantes deve-se ao facto de as proteínas MHC da pessoa que doa o órgão serem diferentes (há grande variabilidade dos genes MHC, uma característica que protege a humanidade das infecções: há sempre alguém que sobrevive por ter um MHC que apresente os péptidos invasivos suficientemente cedo). Os linfócitos interpretam um péptido self apresentado por uma MHC de conformação diferente da habitual como sendo não-self, e matam as células do órgão transplantado. Este problema é reduzido com escolha de pessoas com MHC semelhantes para doações de órgãos (frequentemente irmãos, pais e filhos), e pode ser algo controlada com imunossupressores como os glucocorticóides.

A imunodeficiência é causada por uma falta de Linfócitos, ou por um déficit destes, pode também ser causada por uma deficiência de fagócitos. Contudo como os agentes do sistema imunitário interagem entre si quando existe a falta de um desses agentes todo o sistema imunitário fica ameaçado. A imunodeficiência pode ser congénita ou adquirida. Na Imunodeficiência congénita o sujeito sofre de uma desordem séria do sistema imunitário, em que os indivíduos não possuem nem linfócitos B nem Linfócitos T, como o nome indica esta doença normalmente e de nascença, e os indivíduos têm de ser submetidos a um ambiente isolado e completamente estrelizado. Esta deficiência é devida a um funcionamento anormal da medula óssea. 

O tratamento da doença pode passar por um transplante eficaz de medula óssea. Na imunodeficiência adquirida o sujeito adquire a deficiência do sistema imunitário mais tarde, o caso mais pragmático desta doença é o HIV, em que com uma diminuição das Linfócitos T dá-se um enfraquecimento progressivo do organismo, que fica sujeito doenças oportunistas, doenças que em indivíduos com um sistema imunitário completo não têm qualquer efeito ou que são pouco eficazes, mas que num caso em que o indivíduo se encontra com um sistema imunitário debilitado mostram-se muito eficazes e até mesmo mortais.

As vacinas consistem na administração de antigénios pertencentes a um patogénio (vírus ou bactéria), de forma a estimular o sistema imunitário, nomeadamente os linfócitos ao criar nestes receptores específicos para esses patogênicos e estimulando a criação de uma reserva de linfócitos chamados células de memória específicas, que em caso de invasão futura possam produzir rapidamente níveis altos de anticorpos e desta forma combater com rapidez e eficácia essa patologia.

Os glucocorticóides são imunosupressores potentes sendo usados em doentes transplantados para evitar a rejeição do(s) órgão(s).
Sun 2