segunda-feira, 24 de outubro de 2011

.: Caminho Perdido .:


“Correr contra o tempo é saber antes de ser, 
ter antes de conhecer e finalmente morrer antes de nascer.”

O inverno está aqui... A minha volta, mais uma vez, como em todas as estações.

Novos caminhos se traçaram diante de um destino.

Talvez um conto de como viver. Talvez respostas das quais deva concluir ao decorrer do rio congelado.

Talvez decorrer montanhas geladas em suspiros de ruínas gélidas, pela alma que um dia queimou.

Pessoas dizem saber O que é viver ou amar, dizem sentir o coração queimando.

Enquanto suas vidas iniciam no fim de uma jornada, perdida por erros que se quer compreendem, coisas a esquecer, para sempre.

Coisas como queimar no interior do gelo! Correr contra o vento. Subir na mais alta das arvores.

Pessoas dizem saber viver... Mas o que significa viver se não queimar...?

Expandir sua luz diante do gelo e do ferro, do frio!

Talvez levantar após cair, dizer a quem você um dia amou, o quanto ainda é importante hoje e sempre.

Dizer o quanto ainda sinto o seu calor, o quanto minha alma queima em um corpo frio.

Gritar em meio ao nada e criar matéria de um paraíso perdido.

Respirar onde não há ar, beber no deserto, ser o mais afortunado em meio ao nada.

Comer onde não há um fruto se quer. 

Viver o que não há pra viver, apenas em um momento de lucidez saber pra onde vou sem conhecer o mapa.

Conhecer o meu coração sem o sentir bater, pulsar a esperança que é a ultima morrer.

Sim... Pessoas dizem saber o que é viver ou amar, conhecer o calor de viver.

Por seus méritos tão hipócritas quanto sua dignidade.

Dizem amar aqueles a quem traem na própria cama.

Dizem respeitar aqueles que um dia lhe estendeu a mão sem ao menos revidar um olhar.

Dizem sentir a luz em seus olhos, enquanto batem com a face em qualquer coisa que seus olhos talvez pudessem ver.

Para sempre mudar, queimar no interior do que um dia viveu.

Para sempre enxergar a verdade que surgiu junto ao amem por suas bênçãos.

Mudar a rotina de uma vida que se tornou mórbida pelo próprio desejo de crescer.

Para sempre amar alguém que um dia o admirou como o que você é. 

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