domingo, 14 de agosto de 2011

® Crescer ®




Na madrugada em que nasci uma força me dera o sopro da vida, do qual é difícil esquecer. Como de quando a luz se manifestou no brilho dos meus olhos, pela inocência de não pensar sobre o que pensar.

Algo como respirar, simplesmente esta. Mas me pergunto... Onde você estava?

Na minha primeira palavra? Nos meus primeiros passos? No meu primeiro sorriso?

Pai... Onde você estava? Quando cai pela primeira vez? Quando minha primeira lagrima escorreu em meu rosto?

Deve ser difícil responder como uma garrafa pode substituir o seu senso de me amar. Mas talvez o tempo me mostre o que você diz ser um homem... Do qual a mamãe me ensinou a não ser. 

Dizer o que gritar... Isso não me satisfaz. Drogas ou bebidas, não há nada que possa substituir o abraço inicial.

Não há nada que possa me fazer sentir.

Mas há uma luz no fim do túnel, como uma voz que me leva ao ar.

Pois não sou mais uma criança. O tempo passou e estou crescendo.

Mesmo que deseje voltar... O agora já passou e isso não muda nada.

O jovem está sobre um futuro distante, pisando em pedras quentes. Sendo o que sou.

Um jovem em busca do sentido para existir. Como um espírito indomável. Mesmo pelo vicio dos antepassados.

Papai você errou como todos erram um dia. E como condenar alguém que erra tentando acertar? 

Como condenar alguém que busca a felicidade? Buscando o que eu encontrei. 

Como julgar um homem ou mulher que anseia por uma razão? Algo como amar ou ser amado. 

Contudo, como esquecer as marcas de suas conseqüências?

Huf, incompleto... É como um jovem rebelde se sente.

Papai, eu não vou condenar. No entanto não me peça para mudar em questão de você. Pois não posso voltar a ser o que nunca fui. 

Amar o que nunca amei. Você não fere, pois não há o que ferir. 

Agora entendo o que nunca pensei sentir. Liberdade de sentir e expressar o que me faltava. Você nunca me fez falta, pois na sombra e na luz outros vestiram o seu uniforme. Sendo o que tiveram de ser. 

Criando algo alternativo a um monstro do qual você jamais poderia controlar. Pai, obrigado por me mostrar tudo o que eu não quero ser.

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